sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Está dentro de ti, a paz...

Em constante conflito
Com o seu próprio EU
Travando batalhas
Ora perdidas
Ora ganhas
Por vezes aflito
Amarrado ao passado
... Que viveu!
Por vezes adormecido
Na solidão que ganhou
Das batalhas que perdeu
Sabe que voltará a ter
Razões para sorrir
E outras tantas
Envoltas em mistério
Ainda por descobrir
Basta que seja capaz
De se libertar do que amou
Para um novo viver
Que o levará onde quer ir
E por fim voltar a ser
Quem sonhou um dia
E não chegou a ver
O sonho... esse voou
Serás tudo o que quiseres
Está dentro de ti... a paz

Entre um e o outro...

É tão fina a linha...
Que separa os dois mundos...
O mundo da realidade...

E o mundo da fantasia...
Quase que se confundem...
Há dias em que estamos num...

Mas queremos estar no outro...
Quase que se misturam...

Vivemos na corda bamba...
Entre um ...

... e o outro...

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Por vezes somos surpreendidos..

Por vezes
Somos surpreendidos...

Aqueles
Que admiramos

Aqueles
A quem recorremos
Quando precisamos

Aqueles
Que nos procuram
E pra quem sempre estamos

Aqueles
Com quem tantas vezes
Nos abrimos
E desabafamos

Aqueles
Em quem confiamos

Aqueles
Por quem alteramos planos

Aqueles
Que recebemos em casa
E com eles festejamos

Aqueles
Que nos sorriem
E em quem acreditamos

Aqueles
Que julgamos amigos

Aqueles
Que jamais ousamos
Desconfiar...
... e com quem nos decepcionamos!

Por vezes
Somos surpreendidos...

Sou... apenas uma mulher..

Sou
Alguém
Que luta pelo que quer!
As vezes...
Penso que sei tudo!
Ouço
Aconselho
Ensino
Encaminho
Cuido
As vezes...
Penso que não sei nada!
Pergunto
Peço um conselho
Aprendo
Pergunto o caminho
Procuro um carinho
Sou
Alguém
Que deseja ser amada!
Sou
Apenas uma mulher...

Partilha...

Há coisas
Que devemos partilhar
São nossas...
... e vossas!
Há coisas
Que devemos guardar
São nossas...
... só nossas!
Há coisas
Que devemos agarrar
São nossas...
... por direito!
Há coisas
Que devemos abandonar
Foram nossas...
... até um dia!
Há coisas
Que devemos estimar
São nossas...
... para sempre!
Há coisas
Que devemos prolongar
São nossas...
... muito nossas!
Há coisas
Que devemos saborear
São nossas...
... minhas e tuas!...
Há coisas
Que devemos partilhar
São nossas...
... até um dia!...
Há coisas
Que não devemos guardar
São emoções...
... devemos mostrar!
Devemos partilhar...

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Impulso...

Hoje vou falar de ti...
Estou motivada e tu é a razão de eu estar assim!
Tenho pensado constantemente em ti. Onde estarás... como estarás... quando te vou ver...
Eu entrei na tua vida como um furacão, eu na tua, e tu na minha, e não te quero perder!
Não quero ficar sem ti, não agora! Se me queres, se me desejas, diz-me que eu preciso e quero ouvir!
Pouco a pouco, veio o conhecimento, a amizade, e a seguir uma atração? Um impulso? Uma paixão? Amor? Tudo junto? Cocktail de emoções? Quanto tempo é preciso para se começar a sentir amor por alguém? Quando começa? E para passar do amor a desamor? Quanto tempo leva?
Pois é... a vida tem destas coisas!!

Ele... ela...

Ele...
Ela...
Encontro marcado
No lugar de sempre

Os olhares cúmplices
Calaram as palavras

Das bocas sedentas
Pelo beijo molhado

Quatro mãos irrequietas
Despiram mutuamente

Dois corpos suplicantes
Literalmente colados

Perdidos na emoção...
Encontrados na sofreguidão

Ele...
Ela...
O desejo...
A entrega...
...

O auge... a satisfação!

O ciume também mata..

Ele chega de mansinho
Pé ante pé...
Entra sem avisar
Recolhe as suas asas negras
Acomoda-se ao cantinho
E espera...
Ali fica
Quietinho
Até que um dia...
Cansado de ali estar
E de não ter sido notado
Levanta-se de pé
E o seu grito ecoa no vazio
Estremecendo tudo á volta
Nada mais será como antes
O que era... já não é!
O que seria... não vai ser!
A desconfiança
O receio de perder
A insegurança
O silêncio...
São agora
O grito da revolta...
Mas...
Ainda resta a esperança!
Para que um dia
Não haja lugar para a vingança...

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

...

Se algum dia,
a recordação de mim
te fizer acender uma luz e,
Aqui voltares
E não me vires... sentada em espera,
... é porque parti!
Cansei-me de esperar, ou simplesmente não consegui superar a dor, esta Dor maior!
De ver o dia... nascer!
Nascer ... sem o teu Amor ...
E o anoitecer... voltar!
E, de novo não te abraçar!
Sem um único sinal... de ti! Resisto ... Resiterei sempre e se parti,
foi porque de mim própria me ausentei ...

E tanto que eu esperei!...

Se algum dia,
a tarde se colar
num abraço com a noite e
de mim te lembrares,
sentires que te envolvo,
E não me vires...
... é porque parti!
Mas que a minha Alma,
essa ficou em ti ...
Os meus sonhos... rasguei!
Amordaçei o grito ...
A minha ansiedade... controlei!
Suplantei neste querer aflito
A tua imagem... expulsei!... de mim!
(que escrevendo ... tento ... mas não consigo.)

Pouco restou, contudo ...
um sorriso, um toque de criança ...
Apenas uma vaga lembrança
Que teimou em ficar!
Em, na ausência, perdurar!
Essa...
... também quis apagar...
... não consegui!
Porque, meu Amor, tu habitas permanentemente ... em Mim!

Mas... mesmo assim...
... eu parti!!
Apenas fisicamente ...
A Alma, sente, está em Ti!

domingo, 17 de outubro de 2010

...

Às vezes
Não é preciso dizer nada...
Os olhares cúmplices
E as mãos entrelaçadas
Dizem tanto
Tanto...
Que as bocas
Permanecem caladas
Para que não se gastem
Os verbos importantes
Que mais tarde
Poderão fazer falta
Noutras conversas
Noutros instantes
Onde o silêncio
Por si só
Não bastará
Para dizer
A verdade
Do sentimento
Que se esconde
Envergonhado...

Por sua causa…

”Você esteve sempre aqui por mim
O vento gentil que me carregava
Uma luz no escuro brilhando seu amor na minha vida
Você tem sido minha inspiração
Através das mentiras, você foi a verdade
Meu mundo é o melhor por sua causa”
O que sou
Nem eu sei
Quando me perco
De novo
Antes de me achar
Em pensamentos
Tantas vezes desconexos...

Invento-me
Em cada esquina
De ruas improváveis
Demorando-me nas palavras
Que procuro
Compondo estes versos
Onde me reinvento
Peneirando-os aos ventos
Que me sopram
Luares de Outono...

Vivo-me e morro
Nestas terras do esquecimento
Em desassossegos
Constantes
Pela busca incessante
De mim mesmo!

domingo, 10 de outubro de 2010

Fumaça!

E tudo vira fumaça…

A realidade vai se misturando ao tempo e assim se dissipando feito fumaça.

Feito fumaça minha imagem vai sumindo da sua lembrança…

Da sua vida.

Do seu coração.

Assim… feito uma fumaça!