quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Faxina de fim de ano…

Não adianta… vai chegando o fim de ano, e inevitávelmente começo a fazer a tão tradicional “faxina de final-de-ano”!

Não me refiro a faxina no que se refere a limpeza de ambiente, mas sim, a limpeza da alma!

Sim! Limpeza da minha alma!

Jogo fora sentimentos negativos que foram se acumulando durante o ano inteiro.

Começo pela mágoa. Muito sabão para esfregar e tirá-la do meu coração. Depois, Ressentimento… bem nos cantinhos, este precisei escovar até sair por completo, quase acabo com as minhas unhas!

Um preparado especial com vários produtos para lavar toda decepção, olha que esta foi mais complicada para tirar… em alguns lugares do coração, ainda ficaram manchas, mas praticamente imperceptíveis. Acredito que só eu consiga ver.

Pra raiva, um escovão, com cerdas bem duras e resistentes. Esfreguei, esfreguei, esfreguei… tirei tudo!!!

Pronto.

Tudo limpo!!

E para completar, uma borrifada das mais deliciosas essências da vida… “felicidade”!

Alma limpa!

domingo, 26 de dezembro de 2010

"A vida me ensinou a dizer adeus às pessoas que amo, sem tirá-las do meu coração; sorrir às pessoas que não gostam de mim, para mostrá-las que sou diferente do que elas pensam; fazer de conta que tudo está bem quando isso não é verdade, para que eu possa acreditar que tudo vai mudar; calar-me para ouvir; aprender com meus erros. Afinal eu posso ser sempre melhor. A lutar contra as injustiças; sorrir quando o que mais desejo é gritar todas as minhas dores para o mundo. A ser forte quando os que amo estão com problemas; ser carinhosa com todos que precisam do meu carinho; ouvir a todos que só precisam desabafar; amar aos que me machucam ou querem fazer de mim depósito de suas frustrações e desafetos; perdoar incondicionalmente, pois já precisei desse perdão; amar incondicionalmente, pois também preciso desse amor; a alegrar a quem precisa; a pedir perdão; a sonhar acordada. E finalmente: a acordar para a realidade, e ver que a vida precisa ser vivida da melhor maneira. (;

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Então é Natal...


Então é Natal...

Gira um mundo, adultos e crianças

Em cidades, ruas e lojas

Vestidas de mil vaidades e cores...

Montras coladas

De olhos presentes em lembranças

Ressuscitam a vida em dias

De um ano morto em valores.

*

Desembrulha-se de repente no ar

Luzes e efeitos de bondade

Onde tempos e ventos correm frios

Corrupios de sonhos agendados em contramão...

Às mãos de um mendigo

Um pedaço de paz e desigualdade

O brilho profundo de um rosto

Embriagado pela desilusão.

**

Então é Natal...

Famílias (por fim) unidas em mesas fartas

De emoções e tradições

Corações e brindes, em taças de esperança...

A fome corre nua

Descalça pelas ruas, nossas matas!

Pará as armas?

Pará a guerra?

Não á presentes nesta terra!

Só o choro de uma criança!

***

Uma casa ao lado

Uma lareira faz agasalho

Às preces de quem não pediu...

Tão perto, mas tão distante

Um pedido não se ouve

A mesma sorte não sorriu!

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Sapatinhos cheios de nada

Chinelos de pés descalços

Um mundo despido

Já sem tempo

Já sem hora

O olhar mais profundo da sobrevivência...

Outros…

De jóias enfeitando sorrisos na cara

Desperdiçam exageros

De alimentos jogados fora

O ato mais cruel da humana demência.

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Mas que coisa mais linda!

O desembrulhar dos laços decorados

Em puro afeto e ternura

Um sonho tornado realidade

Aos olhos de uma criança...

E se cada uma

Desembrulha-se nesta quadra universal;

Uma paz, sem amargura

A coerência da humanidade

Um futuro, uma esperança?

Então sim…

Então era Natal!

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Quanto mais vejo, pessoas felizes…

Mais me cego nos outros!

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Bom Natal!


- Moisés Correia -