Andamos por vários caminhos no decorrer da vida.
Superamos obstáculos, traçamos metas, objetivos,
enfrentamos correntezas e muitas vezes
“nadamos contra a maré”
para chegar… onde?
Qual a real meta da vida?
Onde na verdade chegaremos?
Acredito que passamos uma vida inteira tentando tocar o
“arco-íris”,
e somente no final, descobrimos que toda jornada foi em vão.
Tanto investimento, em sonhos, desejos…
valores invertidos e bobos.
Buscamos a“felicidade”.
E quando a encontramos, simplesmente não sabemos o que fazer com ela.
Fomos ensinados a somente busca-la e não a vive-la.
E a vida passa… o tempo passa. E um belo dia,
acordamos e estamos velhos.
A pele não possui mais o viço da juventude.
Os cabelos estão todos brancos.
O espelho nos mostra uma imagem desconhecida.
O corpo cansado e a dificuldade em lidar com as limitações
que pareciam tão distantes, agora fazem parte do nosso dia-a-dia.
A aceitação das limitações deste novo corpo
em conflito com as vontades da alma,
um turbilhão de sentimentos e desejos,
e não dispomos mais de tempo para realiza-los.
É quando nos damos conta,
que nos prendemos a tantas banalidades,
e esquecemos do que é realmente importante… viver!
Não vivemos o suficiente.
Não amamos o suficiente.
Não nos doamos o suficiente.
Não nos permitimos o suficiente.
E o tempo passou…
O hoje é o futuro que tanto sonhamos e do amanhã,
pouco se tem a esperar.
Somente um dia após o outro.
Sem novidades.
Sem esperanças.
Sem prespectivas.
Sem mais nada.
Apenas mais um dia…
e entramos em uma contagem regressiva desesperadora,
já que o tempo agora é inimigo.
Os filhos estão criados.
Cada qual segue seu caminho.
A solidão e a saudade é o que restam.
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