domingo, 27 de junho de 2010


As etapas que atravessamos
na vida nada mais são que
degraus que subimos ou
descemos, segundo os
caminhos que nós mesmos
escolhemos, os atalhos que
preferimos e onde decidimos
deitar nossa cabeça.

Padecemos?

Sim... de vez em quando
precisamos dessa parada
que nos dá a consciência
que nada somos aqui além
de filhos em busca de uma
terra prometida.
Porém sabemos que nosso
maná, nunca faltará, seja
qual for o caminho percorrido
e o quanto falta ainda pela frente.

Depositamos demais nossa
confiança naquilo que somos
e no que nos cremos capazes
e vez ou outra precisamos
dessa ducha fria que nos faz
acordar para que tenhamos
a humildade de orar de cabeça
baixa e a grandeza de abandonar
nosso mais profundo eu aos pés
da cruz.

Damos importância demasiada
a certas coisas como se a própria
razão da vida dependesse delas.
É assim com um pequeno corte
no dedo ou uma ferida na alma
que fica doendo as vinte e quatro
horas do dia.
Não importa se o sol brilha, se a
chuva sacia, se a comida está boa
ou a saúde perfeita.
Isso prova nossa insaciedade
diante da vida.

Não há ninguém para quem
tudo dá sempre errado e
ninguém para quem dá tudo
certo. Tudo são fases que
atravessamos, caminhos às
vezes que parecem longos
e intermináveis, principalmente
quando é o lado dolorido da vida
que se apresenta.

Mas...

O importante não é não se perder,
nunca errar, não pecar, não tomar
decisões erradas e ser alguém
exemplar.
Essas coisas são objetivos que
tentamos alcançar e quanto mais
degraus subimos, mais nos
aproximamos da perfeição.

O importante mesmo é saber
levantar, erguer a cabeça, olhar
para a frente; é ter coragem de
admitir as falhas, a humildade
de pedir perdão, calar na hora
certa e falar quando o silêncio
parecer insustentável; o
importante é deixar as lágrimas
caírem e nem por isso se sentir
diminuído.

Deus não conta os degraus que
subimos ou descemos.
Nossa vida é que conta, sofre
ou se alegra.
Deus é Aquele que está no mais
alto degrau estendendo a mão
e é o mesmo que está na terra
com os braços eternamente
abertos e prontos.

Há e haverá sempre uma janela
aberta nos céus para nos acolher
e o caminho talvez não seja o mais
fácil, mas é certamente aquele que
vai ter feito nossa vida valer a pena.


(Letícia Thompson).

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