Neste mar revolto,
Mar de vagas altas e sós
Flutua solto um momento detido
Que bem fundo, intimamente perdido
Se afunda calmamente calado
Por nessas mesmas águas ter ousado
Beber da sede da tua voz.
Em goles pequenos, bebi de nós
Bebi, e vim há superfície de mim
Neste sufoco, neste inquieto frenesim
De respirar entre as ondas ordenadas da vida
Esse fôlego ondulado, envolto em poesia
Que me fez tragar a ânsia
Da voz embargada e rouca
Onde pouco ou nada sai da boca.
Já pouco ou nada sai de nós!
A não ser na mente… o fugir urgente.
Fico ausente!
Na distância… o vazio,
Um silêncio, um adeus calado e frio.
Serei neblina somente nesse mar alto
Serei vento, e lento parto
Por entre as fortes correntes do mar
Onde não mais sei flutuar.
E o que será de nós?
De nós…
Somente ficará … o eco ta tua voz.
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