
Os dados são lançados na vida, á sorte
Rodopia um mundo num palco de veludo
Ganha-se perdendo, até que chegue a morte
Uma infância corre descalça de medos
Sem vencer se gritam vitórias
Vencem grandes pequenos, fracos fortes
Passam rios a fios, às margens das histórias
Espreita curioso um olhar ingénuo
Por cima de um muro que se diz mais alto
perde-se de vista aos montes, visões insólidas
Batalhas de sonhos em castelos de assalto
Um mundo se acha escondido
Uma guerra se tenta enganar
Ruma um barco ao perigo do mar alto
Mãos que puxam redes, em razão do acreditar
Uma selva de emoções se impõe
Desbravam-se os campos do raciocínio
Descobre-se o significado da palavra amar
Numa estrada sem destino
Uma sede bebe do sangue da existência
Uma jardim é plantado num céu de rosas
Alguém se diz não morrer sozinho
Perdem-se os sabores dos amores sem provas
Um risco se arrisca ao limite
Vive-se com o futuro no fio da navalha
Meras palavras passam a ser sobras
Quando tudo no amor falha
Um momento passa a ser eterno
Caminha um deserto num beco sem saída
Os dados foram lançados!
E assim se joga… este jogo da vida!
-Moisés Correia-
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